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gettyimages-623602508-2048x2048O que a gentileza pode fazer por você? Talvez lhe dê um conforto ou sensação de bem-estar? Embora isso possa ser verdade, cientistas de um novo centro de pesquisa dizem que a gentileza pode fazer muito mais: é capaz de prolongar sua vida.

“Nossa observação parte do ponto de vista científico. Estamos falando da psicologia, da biologia e das interações sociais positivas”, diz Daniel Fessler, diretor do instituto Bedari Kindness da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos.

A noção de gentileza chegou às manchetes recentemente. Foi uma parte essencial do elogio o ex-presidente americano Barack Obama ao veterano parlamentar democrata Elijah Cummings, após sua morte no mês passado.

“Ser um homem forte inclui ser gentil. Não há nada de fraqueza na bondade e na compaixão. Não há nada de fraqueza em cuidar dos outros. Você não é otário por ter integridade e tratar os outros com respeito”, disse Obama.

A comediante e apresentadora Ellen DeGeneres falou sobre gentileza ao tratar de sua amizade com o ex-presidente americano George W. Bush: “Quando digo: ‘Sejam gentis uns com os outros’, não quero dizer com apenas as pessoas que pensam da mesma maneira que você. Quero dizer: ‘Sejam gentis com todos’.”

Então, no Dia Mundial da Gentileza, 13 de novembro, examinamos o que realmente significa ser gentil – e perguntamos: por que isso é importante?

‘Vivemos em uma época nada gentil’

Isso pode ser uma questão de vida ou morte, dizem especialistas do instituto Bedari Kindness. Em seu trabalho, Fessler analisou como as pessoas podem ser motivadas a serem gentis, simplesmente testemunhando atos de bondade e descobrindo quem é afetado por essa “gentileza contagiosa”.

“Acho justo dizer que vivemos em uma época nada gentil. Tanto nos Estados Unidos quanto no mundo, estamos vendo um crescente conflito entre indivíduos que têm visões políticas diferentes ou seguem religiões diferentes.”

A gentileza, diz ele, são “os pensamentos, sentimentos e crenças associados a ações que pretendem beneficiar os outros, em que beneficiar os outros é um fim em si mesmo, não um meio para um fim”. E a falta de gentileza reflete, por outro lado, “uma falta de valorização do bem-estar dos outros”.

É algo familiar para quem já foi alvo de ataques nas redes sociais. Embora isso não seja “uma novidade”, fessler diz que “as pessoas ficam mais propensas a serem agressivas e menos propensas a valorizar as preocupações e o bem-estar de outras pessoas quanto mais anônimas elas estão”.

O instituto que ele dirige foi fundado graças a uma doação de US$ 20 milhões (R$83,4 milhões) da Fundação Bedari, criada pelOs filantropos Jennifer e Matthew Harris. Harris diz que são necessárias pesquisas “para entender por que a gentileza pode ser tão escassa neste mundo moderno” e para “superar a divisão entre ciência e espiritualidade”.

Alguns dos projetos do instituto incluem examinar antropologicamente como a bondade se espalha entre as pessoas, analisar sociologicamente como aqueles que se comportam mal podem ser persuadidos a serem gentis e pesquisar pelo viés da psicologia como a gentileza pode melhorar o humor e reduzir os sintomas da depressão.

Também oferece treinamento sobre atenção plena a alunos e comunidades carentes de Los Angeles.

Fessler diz que já sabemos como o estresse pode ser ruim, quando nos paralisa em uma situação desafiadora, em oposição ao estresse “bom” de atividades desafiadoras, mas satisfatórias, como a escalada.

“Viver com pessoas que o tratam, na melhor das hipóteses, com desrespeito ou falta de preocupação e, na pior das hipóteses, com hostilidade aberta, é ruim para você. Encurta sua vida, literalmente”, diz ele.

“Por outro lado, receber gentileza e bondade dos outros é a antítese da situação de estresse tóxico. E isso é bom para você.”

Mesmo interações aparentemente triviais, como um barista de uma cafeteria sorrindo e perguntando como uma pessoa está, podem melhorar o bem-estar de alguém.

“Ser gentil, pensar em como você pode ser gentil com os outros, reduz a pressão arterial. Tem benefícios terapêuticos e para o tratamento de depressão e ansiedade”, diz Fessler.

_109589174_kindnessgetty‘Mensagem urgente’

A médica da Universidade de Columbia Kelli Harding examinou o fenômeno em seu livro The Rabbit Effect (O efeito coelho, em tradução livre).

Ela diz que a gentileza beneficia “o sistema imunológico e a pressão sanguínea, e ajuda as pessoas a viverem mais e melhor”. “É incrível, porque existe uma fonte inesgotável e gratuita deste benefício e não há como exagerar na dose.”

Explicando o título de seu livro, ela afirma: “Ouvi falar de um estudo sobre coelhos, feito na década de 1970. Um conjunto de coelhos teve melhores resultados, e (os cientistas) queriam descobrir o que estava acontecendo. No fim, os coelhos que estavam se saindo melhor estavam sob os cuidados de um pesquisador realmente gentil. Como médica, fiquei absolutamente chocada. Parecia que havia uma mensagem urgente a ser passada ali”.

A gentileza, diz ela, pode “mudar e ajudar as pessoas a encarar o mundo”.

Muitas vezes, é mais fácil ser gentil com os outros do que com nós mesmos, segundo Harding. “Existem muitas maneiras de promover a gentileza para conosco e os outros. No local de trabalho, na escola e em casa, ser gentil leva a melhores resultados”, diz ela.

“Na medicina, a tecnologia pode estar melhorando, mas você nunca pode replicar a gentileza de um cuidador solidário. A conexão entre saúde mental e saúde física é crítica.”

Dicas para viver uma vida mais gentil

Gabriella Van Rij, especialista em gentileza

  1. Comece a ouvir realmente os outros (em vez de já formular a resposta em sua cabeça);
  2. Responda a grosserias com gentileza (se alguém estiver extremamente irritado com você, diga em tom amigável “você teve um dia difícil?”);
  3. Inclua alguém que esteja marginalizado. Ao fazer isso, você valorizou esta pessoa – é desumano passar a vida sentindo-se invisível, indesejado e não amado;
  4. Ação/reação. Entenda que, quando há falta de gentileza, a culpa não é sua. Quando você for alvo disso, respire fundo e dê um passo para trás.

Darnell Hunt, reitor do departamento de ciências sociais da UCLA, diz que a ideia do novo instituto seria de um “antídoto para a atual política mundial, a violência e o conflito” que estão “enraizados em trabalhos acadêmicos sérios”.

“Acho que estamos vivendo um tempo em que há uma necessidade direta de explorar as coisas que nos tornam humanos e que têm potencial de levar a sociedades mais humanas”, diz ele.

“Estamos vivendo um momento de polarização política nos Estados Unidos e em outros lugares, com aumento da urbanização levando a interações menos diretas entre as pessoas.”

Quando as pessoas veem atos gentis, são inspiradas a replicá-los, diz ele – mas ainda estamos tentando entender os mecanismos da gentileza.

“Não é o caso de nos colocarmos em uma torre de marfim. Queremos usar essa pesquisa sobre pessoas no mundo real para criar políticas concretas e fazer a diferença.” E esse “momento histórico é o momento certo para fazer isso”, diz ele.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-50396131

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gettyimages-944882744-2048x2048É possível reduzir a probabilidade de se ter demência ao levar um estilo de vida saudável, aponta uma nova pesquisa.

O estudo feito por uma equipe da Universidade de Exeter, na Inglaterra, com quase 200 mil pessoas indicou que o risco caiu em até um terço quando isso ocorreu, de acordo com resultados apresentados na Conferência Associação Internacional de Alzheimer.

Segundo os pesquisadores, isso é animador por apontar que pessoas que têm propensão a ter a doença não estão necessariamente condenadas a sofrer de demência, como é chamada a piora das funções cognitivas que uma pessoa pode desenvolver.

Os cientistas deram às pessoas uma pontuação de estilo de vida saudável com base em uma combinação de exercícios, dieta, álcool e tabagismo.

Assim, uma das pessoas bem pontuadas no estudo tinha as seguintes características: não fuma atualmente, pedala em ritmo normal por duas horas e meia por semana, tem uma dieta balanceada que inclui mais de três porções de frutas e vegetais por dia, peixe duas vezes por semana e carne processada raramente, beba até 560 ml de cerveja por dia.

E o que foi um estilo de vida considerado insalubre? Alguém que fuma regularmente, não faz exercício de forma rotineira, tem uma dieta com menos de três porções de frutas e vegetais por semana e duas ou mais de carne processada e carne vermelha por semana e bebe pelo menos 1,5 litro de cerveja por dia.

Sue Taylor, de 62 anos, viu o impacto da demência em sua família – tanto sua mãe quanto sua avó tiveram a doença. Por isso, hoje, ela faz aulas de ginástica no parque três vezes por semana – mesmo no inverno – e caminha 45 minutos para ir ao trabalho. “É preciso muito esforço, você tem que pensar sobre como encaixar essas atividades em sua vida”, diz ela.

gettyimages-986293734-2048x2048Mas Taylor afirma e diz que vale a pena, especialmente pelos netos. “Só quero manter meu cérebro na melhor condição possível pelo maior tempo possível. Não quero que meus netos deixem de ter uma avó, tanto fisicamente quanto mentalmente.”

Como foi feita a pesquisa

O estudo acompanhou 196.383 pessoas a partir dos 64 anos de idade por cerca de oito anos e analisou seu DNA para avaliar o risco genético de desenvolver a doença.

O estudo mostrou que havia 18 casos de demência a cada mil pessoas se eles nasceram com genes de alto risco e tinham um estilo de vida pouco saudável. Mas este índice caiu para 11 para cada mil pessoas durante o estudo, se as pessoas de alto risco tivessem adotado um estilo de vida saudável.

Os números podem parecer pequenos, mas isso é porque pessoas em torno dos 60 anos são relativamente jovens em termos de demência. Os pesquisadores dizem que a redução das taxas de demência em um terço teria um impacto profundo nos grupos etários mais velhos, em que a doença é mais comum. “Isso pode equivaler a centenas de milhares de pessoas”, diz o cientista David Liewellyn.

“Mesmo que você esteja preocupado com a demência, talvez tenha um histórico familiar, o que nossa pesquisa sugere é que isso não importa. É provável que você reduza substancialmente o risco de adotar para um estilo de vida saudável.”

Apesar disso, esse tipo de pesquisa não pode provar definitivamente que o estilo de vida gera riscos diferentes de demência, simplesmente identifica um padrão nos dados. Mas os resultados, publicados no periódico Journal of American Medical Association se encaixam com pesquisas anteriores e recomendações da Organização Mundial de Saúde.

Posso evitar completamente a demência?

gettyimages-944882732-2048x2048Infelizmente, é possível que uma pessoa leve uma totalmente saudável e ainda assim tenha demência. O estilo de vida apenas afeta as chances de isso acontecer.

Ainda não existem medicamentos para alterar o curso desta doença, então, reduzir suas chances é o melhor que qualquer um pode fazer no momento.

Mas isso se aplica a todos? As descobertas podem não ser válidas para pessoas com demência muito precoce, que começa quando se está na faixa dos 40 e 50 anos, dizem os pesquisadores. Mas eles acham que os resultados se aplicam a pessoas em grupos de idade avançada, quando a demência se torna mais comum

Os cientistas dizem ainda que o estudo se aplica à demência em geral e não a formas específicas da doença, como a doença de Alzheimer ou a demência vascular.

No entanto, o pesquisador Elzbieta Kuzma, que participou do estudo, diz que esta foi a primeira vez que se demonstrou que é possível alterar um risco hereditário de demência.

Fiona Carragher, da Alzheimer’s Society, uma organização de caridade dedica à pesquisa sobre esta doença, avalia que, com 10 milhões de pessoas desenvolvendo demência por ano, no mundo, saber como reduzir esse risco pode ser vital. “Então, encha o prato de salada, troque um coquetel por um drink sem álcool e vá fazer exercícios!”

Carol Routledge, da Alzheimer’s Research UK, a principal instituição dedicada à demência no Reino Unido, diz que as descobertas são “importantes”.

“Esta é mais uma evidência de que há coisas que todos podemos fazer para reduzir nosso risco de desenvolver demência, mas a pesquisa sugere que apenas 34% dos adultos acham que isso é possível. Embora não possamos mudar os genes que herdamos, este estudo mostra que mudar nosso estilo de vida ainda pode ajudar a fazer com que as chances estejam a nosso favor.”

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-49463355

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gettyimages-697300902-2048x2048O Supremo Tribunal Federal aprovou nesta quinta-feira (13) a criminalização da homofobia e transfobia, agressões que a partir de agora são tipificadas da mesma forma que o racismo – ou seja, um crime hediondo, inafiançável e com pena de dois a cinco anos de prisão para o agressor.

A decisão foi aprovada com o voto favorável de oito dos onze ministros: Cármen Lúcia, filmar Mendes, Edson Fachin, Celso de Mello, Alexandre de Moraes, Rosa Weber, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso.

Normalmente, caberia ao Congresso Nacional decidir sobre o tema, mas o STF entendeu que Câmara e Senada se omitiram em relação à criminalização da homotransfobia, que tramita há 18 anos sem resposta.

Por isso, depois de 18 anos de tramitação no Congresso Nacional, o Supremo começou a votar em fevereiro as duas ações – a da homofobia, de autoria da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), e a da transfobia, em nome do  PPS (Partido Popular Socialista), ambas redigidas pelo advogado e ativista LGBT Paulo Iotti.

Na época, o STF dedicou quatro dias de sessão a debates entre os onze ministros e representantes a favor e contra a criminalização. No último dia antes da suspensão, votaram “sim” pela criminalização Fachin, Mello, Moraes e Barroso.

Em 23 de maio, falaram os ministros Rosa Weber e Luiz Fux, cujos votos favoráveis decidiram o placar pela criminalização da homofobia e da transfobia. Hoje foi a vez de Gilmar Mendes e Cármen Lúcia.

Para entender o que muda a partir de agora, Universa conversou com duas especialistas: a advogada da ANTRA (Associação Nacional de Travestis e Transexuais) Maria Eduarda Aguiar e a presidente da Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero da OAB de Santa Catarina Margareth Hernandes, que também é secretária adjunta da Comissão da Diversidade Sexual e Gênero do conselho Federal da OAB.

O que são a homofobia e a transfobia?

Homofobia é o preconceito contra quaisquer indivíduos que expressem desejo por pessoas do mesmo sexo, entre eles, por exemplo, gays e lésbicas, e contra bissexuais. Já transfobia se refere ao preconceito contra transexuais e travestis.

Em sua fala, o ministro Luiz Fux citou, como exemplos de homofobia, desde agressões físicas motivadas por intolerância até a recusa de aceitar alunos homossexuais ou filhos homossexuais em escolas.

Por que merecem uma lei própria?

“Infelizmente, precisamos segregar para reivindicar direitos, assim como racismo. Se os discursos de ódio são voltados para um segmento específico, se a violência está sendo direcionada para um grupo específico, temos que encontrar instrumentos para coibi-los e dar segurança e amparo para essa população”, explica a secretária adjunta da OAB.

Quais são os impactos da criminalização?

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Em primeiro lugar, espera-se que a criminalização defenda a livre orientação sexual e identidade de gênero e garanta a integridade física e mental da população LGBT.

“Os impactos são favoráveis e positivos para que a população LGBT possa exercer a cidadania de forma serena e tranquila como qualquer outro cidadão”, explica Margareth.

Ela e Maria Eduarda acreditam que a decisão tem um caráter simbólico no que diz respeito à educação da sociedade.

“A criminalização pode ser uma medida educativa para que as pessoas entendam que não podem banalizar a violência contra a população LGBT. Para que haja redução desses crimes de ódio caracterizados pela brutalidade”, disse Maria Eduarda, que lembrou o assassinato da transexual Kelly dos Santos, que teve o coração arrancado do corpo, em janeiro.

A advogada acredita que a decisão do Supremo pode ajudar, ainda, a gerar dados que ajudam as autoridades a mapear a LGBTfobia (como ela acontece, onde acontece e quem são as principais vítimas) e orientar o enfrentamento a este crime.

Ela lembra, ainda, que segundo dados da ANTRA e do Grupo Gay da Bahia transexuais e travestis representam 72% das vítimas de assassinato entre a população LGBT. “Por isso é importante reconhecer a transfobia de forma distinta da homofobia, é uma questão identitária”, acredita.

Como as vítimas poderão denunciar?

Segundo Maria Eduarda Aguiar, a pessoa LGBT que for vítima de agressão pode se dirigir a qualquer delegacia, seja comum ou especializada – ela sugere as Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância).

A advogada da ANTRA explica que, no caso de um homicídio, cabe ao Ministério Público junto aos familiares da vítima reunir provas de que a morte foi causada por LGBTfobia – que, neste caso, surge como um agravante. Isto é, o crime deve ser registrado como homicídio qualificado por homo ou transfobia.

Como o agressor poderá ser punido?

A partir de agora, se comprovada que uma agressão verbal ou uma lesão corporal foram motivadas por homofobia ou transfobia, o agressor estará sujeito à mesma penalidade que aqueles que cometem racismo, explica Margareth, da Comissão da Diversidade Sexual e Gênero da OAB – isto é, pena de dois a cinco anos de prisão, sem possibilidade de fiança.

Fonte: https://universa.uol.com.br/noticias/redacao/2019/06/13/supremo-criminaliza-a-homotransfobia-o-que-acontece-agora.htm

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Programa de computador é aprovado pela Anvisa para tratar depressão, enquanto cientistas testam o uso de ambientes virtuais com pacientes que têm traumas e fobias, exemplos do uso cada mais frequente da tecnologia por psicólogos e psiquiatras.

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“Ele é um amigo: nos encoraja, perdoa quando nos afastamos dele, faz pensar no exagero das nossas angústias e nos mostra como a ruminação (mental) não serve para nós. Ele nos segue dia e noite, insistindo em mostrar que temos recursos próprios para viver como se não houvesse depressão.”

É assim que uma mulher de 74 anos se refere a seu mais novo companheiro na batalha contra a depressão: o programa de computador Deprexis, que acaba de ser aprovado pela Anvisa para uso no tratamento da doença.

No depoimento à BBC News Brasil, a paciente, que usa o programa desde abril, diz que ele a ensina uma coisa muito importante: “Aceitar (a depressão) não é se submeter, é conviver de um modo harmônico com os sintomas”.

O programa é o primeiro do tipo aprovado pela Anvisa no Brasil, segundo país no mundo a autorizá-lo como tratamento oficial, depois da Alemanha, segundo sua fabricante.

A depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, segundo dados de 2015 da Organização Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, 11,5 milhões de brasileiros (cerca de 5,8% da população) são afetados – é o maior índice da América Latina e o quinto maior do mundo.

O uso do Deprexis para ajudar pacientes nesta situação simboliza a aplicação cada vez mais frequente da tecnologia por psicólogos e psiquiatras nas clínicas e universidades para o tratamento de distúrbios mentais e emocionais, como a síndrome de estresse pós-traumático e a ansiedade.

“Aplicativos, vídeos e programas são tecnologias cada vez mais usadas nesse tipo de tratamento, mas é algo de que precisamos nos aproximar mais”, disse à BBC News Brasil a psiquiatra e terapeuta cognitiva Melanie Ogliari Pereira, uma das fundadoras da Federação Brasileira de Terapias Cognitivo Comportamentais.

“Acho que o médico é muito conservador. Principalmente na psiquiatria, ainda vemos mais as dificuldades e os efeitos colaterais da tecnologia do que as possibilidades de fazer o bem.”

597669972-1024x1024.jpgPrograma só pode ser usado com prescrição médica

O Deprexis foi feito com base na Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) ´um tratamento de curta duração que ensina técnicas específicas para atingir objetivos concertos de mudança de comportamentos e nas experiências do paciente.

“Nossa mente avalia todas as situações pelas quais passamos, e o resultado dessa avaliação pode ser uma imagem, uma ideia, uma frase. É o que chamamos de cognição. Essa espécie de fala privada é que determina o que a gente sente e gera os comportamentos que temos”, explica o psiquiatra e terapeuta cognitivo Irismar Reis, professor do Departamento de Neurociências e Saúde Mental da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e do Departamento de Psiquiatria e Ciências do Comportamento da McGovern Medical School na Universidade do Texas, nos Estados Unidos.

Em janeiro, o Instituto Nacional para a Saúde e o Cuidado de Excelência, órgão ligado ao Ministério da Saúde britânico, recomendou o Deprexis como ferramenta complementar do tratamento de depressão com base em um estudo feito com mais de mil adultos na Suíça e na Alemanha.

Em fevereiro, um estudo publicado no periódico científico Journal of Affective Disorders disse que o uso combinado do programa no tratamento reduziu mais os sintomas depressivos do que quando foram utilizada apenas sessões de psicoterapia.

“Na prática, o indivíduo entra no programa, e vai dando respostas às perguntas que ele coloca e descreve seus sintomas. A partir daí, recebe sugestões de técnicas de terapia, exercícios, informações sobre a doença”, explica Reis.

O psiquiatra alerta, no entanto, para o fato de que o programa não substitui o acompanhamento de um terapeuta e de um psiquiatra, especialmente em casos de depressão mais profunda.

“Ele não resolve o problema sozinho, mas ajuda o paciente a se dedicar ao seu tratamento também no dia a dia. Nós terapeutas, temos dificuldade de fazer com que as pessoas façam determinadas atividades como ‘dever de casa’, algo que é muito importante.”

Realidade virtual contra a síndrome de estresse pós-traumático472381153-1024x1024.jpg

Pesquisadores brasileiros também já começam a testar os usos de outro tipo de tecnologia, a realidade virtual, em pacientes com transtornos mentais ou emocionais. Com a ajuda de óculos especiais e fones de ouvido, o paciente é imerso em um ambiente digital e revive uma experiência ou situação que tenha lhe causado um trauma, ou seja, a origem de uma fobia.

O psicólogo e pesquisador Christian Kristensen, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), estuda há cinco anos a melhor forma de aplicar esse método no combate à síndrome de estresse pós-traumático.

Normalmente, neste tipo de tratamento, é pedido que o paciente relembre as memórias do episódio que originou o trauma, recontando com suas próprias palavras o que ele viveu.

“Se peço no consultório para uma pessoa acessar sua memória, não tenho como controlar o que se passa dentro da cabeça dela. Com a realidade virtual, eu consigo ter maior controle da situação com as imagens e sons, saber ao que você está sendo exposto e intervir”, disse à BBC News Brasil.

Kristensen explica que a tecnologia, hoje bastante associada ao mercado de jogos e entretenimento, começou a ser aplicada em tratamento psicológicos nos Estados Unidos nos anos 1990 para ajudar veteranos de guerra a superar experiências traumáticas de combate.

Ao não encontrar pesquisas que investigassem sua aplicação a traumas de situações vividas pela população em geral, como casos de violência urbana, ele decidiu criar seu próprio projeto com esse objetivo.

O fato de a tecnologia ter ficado mais barata possibilitou sua aplicação nestes tratamentos. O pesquisador explica que, há uma década, óculos de realidade virtual custavam cerca de US$10 mil. “Hoje, com US$500, você compra um bom equipamento”, disse.

Por enquanto, a pesquisa está focada em funcionários de bancos que tenham sido vítimas em episódios de assaltos a esses locais. O sistema está em sua terceira versão, após alguns ajustes na qualidade do ambiente virtual apresentado aos pacientes.

Kristensen disse que, ao todo, oito pacientes já foram tratados com o auxílio da tecnologia. “Ainda não temos um número suficiente de pacientes para saber se é um método superior ao atual e ainda precisamos fazer algumas análises dos resultados, mas eles apontam que a realidade virtual é ao menos tão eficiente quanto”, afirmou.

O cientista diz que a mesma tecnologia já é testada em motoristas de ônibus que sofreram algum tipo de violência e espera que ela possa ser aplicada também a vítimas de agressões e abusos.

885690052-1024x1024.jpg“Por enquanto, no Brasil, é algo que existe só nas universidades ou em alguns centros de tratamentos de fobias. Acredito que, nos próximos dez anos, vai ser algo acessível para o terapeuta usar no consultório a um custo relativamente baixo para tratar o estresse pós-traumático.”

Uso de aplicativos e depoimentos em redes sociais contra o preconceito

Para a psiquiatra Melanie Pereira, os profissionais de saúde ainda utilizam pouco as ferramentas tecnológicas mais básicas já disponíveis para auxiliar os pacientes, como aplicativos de smartphone e até redes sociais.

“Algo que é muito forte hoje são os leigos, youtubers e formadores de opinião que falam sobre suas experiências. Quando eles são bem assessorados por profissionais, isso pode ser um grande serviço de saúde pública”, afirma.

De acordo com Pereira, existem cerca de 5 mil aplicativos de saúde mental para smartphone de diversos tipos – desde os que ensinam técnicas de meditação como forma de controlar a ansiedade até os que oferecem “quadros de humor” para que o terapeuta e o paciente possam monitorar a evolução dos sintomas.

Muitos deles são gratuitos, mas a maioria, ela diz, ainda não foi avaliada por pesquisadores e profissionais da área. Por isso, não é utilizada.

“Parece um questionamento básico, mas é algo do que precisamos nos aproximar mais. Problemas mentais estarão no topo dos problemas de saúde no mundo inteiro nos próximos dez anos”, diz.

“E muito poucas pessoas que têm esses transtornos chegam aos nossos consultórios, especialmente por causa do preconceito. Se ficarmos mais próximos da tecnologia e orientamos os pacientes a usá-la, mais confortáveis as pessoas se sentirão para procurar ajuda.”

Fonte: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2018/08/21/como-programas-de-computador-e-realidade-virtual-estao-virando-armas-no-combate-a-depressao-e-outros-transtornos-mentais.ghtml

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Diálogo abriu debate sobre a importância de gestores garantirem um ambiente sudável (não só do ponto de vista físico) no trabalho.

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A programadora Madalyn Parker compartilhou em uma rede social um diálogo entre ela e o CEO da empresa em que trabalha. O que Madalyn dificilmente imaginava é que aquela conversa viralizaria — e abriria um importante debate na rede social.

 

Tudo começou quando a profissional, que sofre de depressão crônica e ansiedade, mandou um e-mail para sua equipe dizendo que precisaria se ausentar por dois dias. “Oi, pessoal. Eu vou tirar hoje e amanhã para me concentrar na minha saúde mental. Espero voltar na semana que vem renovada e 100%. Obrigada!”, dizia a mensagem.

Madalyn trabalha em uma empresa de tecnologia chamada Olark, que cria chats para sites. Copiado na mensagem, o CEO da companhia, Ben Congleton, respondeu a funcionária: “Oi, Madalyn. Eu só queria pessoalmente agradecer a você por enviar mensagens como essas a sua equipe”.

Ele continou: “Toda vez que você faz isso, eu me lembro da importância de usar o afastamento médico também para a saúde mental — acredito que essa não seja a prática padrão em todas as empresas. Você é um exemplo para todos nós, e nos ajuda a superar um estigma”.

Madalyn compartilhou a conversa no Twitter e a posição do CEO foi bem recebida na internet. Até agora, a mensagem foi curtida mais de 35 mil vezes e retuitada mais de 10 mil.

Na semana passada, Congleton escreveu uma postagem no Medium discutindo a reação que o tuíte desencadeou. O texto é intitulado: “É 2017 e a saúde mental ainda é um problema no local de trabalho”.

“É 2017. Eu não consigo acreditar que ainda é controverso falar sobre saúde mental no local de trabalho quando um em cada seis americanos toma remédio para saúde mental”, escreveu. “É 2017. Estamos em uma economia baseada no conhecimento. Nossos trabalhos exigem que executemos tudo com o máximo de desempenho mental. Quando um atleta está ferido, senta-se no banco e se recupera. Vamos nos livrar da ideia de que com o cérebro é diferente.”

Fonte: http://epocanegocios.globo.com/Carreira/noticia/2017/07/funcionaria-diz-que-vai-se-ausentar-para-cuidar-de-saude-mental-e-resposta-do-chefe-viraliza.html

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Jung é filho de Freud e tem a missão de continuar o trabalho do pai: colocar um sorriso no rosto dos que passam pelos velórios do Memorial Metrópole Ecumênica de Santos – um prédio de 14 andares que lhe dá o título do mais alto cemitério do mundo.

Freud morreu em outubro, aos 11 anos, e ganhou esse nome por causa da barbicha de sua raça, schnauzer. Além do cemitério, Jung e seu irmão Teddy, também frequentam hospitais – adulto e infantil, casas de repouso, eventos para crianças autistas e com paralisia cerebral, creches, escolas e casas de reabilitação.

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Freud foi o pioneiro da Dr.Auau, que coloca em prática, há 11 anos, a chamada zooterapia – “uma terapia focada em como usar animais para uma interação positiva com os homens”, comenta sua fundadora Victoria Girardelli, jornalista.

Victoria teve essa ideia a partir de um momento pessoal – o acolhimento de Freud durante o processo de cura de um câncer. A presença do animal foi tão importante que a fez pensar em como compartilhar essa experiência. “Ele foi fundamental, me fez companhia, me deu forças, e eu pensei: não quero que ele seja só meu”. Passou a levar Freud para uma república de idosos e a hospitais infantis. Victoria diz que a presença do cachorrinho nesse tipo de ambiente é positivo porque motiva a criança a sair do leito, a andar pelo corredor, a pegar o animal no colo, o que ajuda no intestino, contribuindo para a alta.

Há cerca de um ano, Freud passou a frequentar o Memorial Metrópole Ecumênica de Santos e, segundo sua dona, foi o primeiro cão do mundo a fazer esse tipo de trabalho no ambiente de luto. Com um colete azul de bolsos para levar mensagens de conforto, Freud (e agora Jung) passou a visitar velórios e agradar aqueles com quem interage. “Nesse momento de afago e carinho, você já consegue mexer com os hormônios ocitocina e endorfina, que trazem prazer”, comenta Victoria.

Ela diz que a aceitação é 100% e não há reclamações. O serviço é gratuito e normalmente o cachorro fica na parte externa do velório. Mas se for requisitado, entra na sala. Às vezes, o parente leva o cachorro para ‘apresentá-lo’ ao morto. “Tem gente que pega no colo, leva para o falecido, conversa, tira um cartão e lê em voz alta. E dizem ‘nossa, era isso que eu precisava ouvir agora’. ”

Alguns exemplos de frases levadas aos velórios:

“Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós” – Chico Xavier.

“O sofrimento é o intervalo entre duas felicidades” – Vinicius de Moraes.

“Há coisas que nunca poderão se explicar com palavras” – Saramago.

“A vida não passa de uma oportunidade de encontro. Só depois da morte se dá a junção. Os corpos tem apenas o abraço, as almas, o enlace” – Victor Hugo.

Para Victoria, a morte é única certeza que a gente tem, mas é uma dor sem medidas e muito pessoal – “cada um passa de uma forma, cada um tem a sua leitura, o seu tempo”. Por isso, esse tipo de carinho num momento de fragilidade é sutil e bastante positivo. “Encontrei minha missão e não largo o osso”, comenta.

Fonte: http://mortesemtabu.blogfolha.uol.com.br/2016/11/01/cemiterio-tem-cachorrinho-que-auxilia-em-velorios/

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“O problema não é a ideia de que a homossexualidade possa ser uma escolha, mas a ideia de que a heterossexualidade deva ser obrigatória”

128390110Moro na bolha liberal de Park Slope, no Brooklyn, onde nenhum yuppie (expressão inglesa que significa Jovem Profissional Urbano) jamais admitiria querer que seus filhos fossem alguma coisa em particular, que não pessoas felizes. Mas frequentemente, costumamos definir a felicidade como uma variante das nossas próprias vidas, ou pelo menos das vidas das nossas expectativas. Se frequentamos a universidade, queremos que os nossos filhos estudem na universidade. Se gostamos de esportes, queremos que os nossos filhos gostem de esportes. Se votarmos no Partido Democrata, evidentemente, queremos que nossos filhos votem nos democratas.

Eu sou gay. E quero que meus filhos sejam gays, também.

Muitos dos meus amigos heterossexuais, até os mais liberais, acham esta lógica distorcida. Para eles, admitir que prefeririam que seus filhos fossem héteros, o que só admitiram a contragosto, é uma coisa. Mas querer que minha filha fosse lésbica? Seria o mesmo que dizer que gostaria que ela fosse intolerante à lactose.

“Você não quer que ela seja feliz?” perguntou um amigo. Talvez ele quisesse dizer apenas que é mais fácil ser hétero numa cultura homofóbica. Mas esta é uma atitude de submissão a esta cultura, e até mesmo a reforça. Uma interpretação menos feliz seria que ele considera os héteros seres superiores. Quando eu era adolescente, meu pai me aconselhou a não casar com um preto. “Só procuro proteger você”, disse. Mas era impossível saber se ele pretendia me isolar da discriminação ou implicitamente racionalizar sua discriminação. A ideia de que ninguém escolhe ser gay é muito difundida – até mesmo no movimento pelos direitos dos gays.

No início dos anos 90, em parte como reação ao conceito perigoso de que os gays poderiam ser mudados, os ativistas insistiam na ideia da sexualidade como um estado fixo, inato. Os cientistas até tentaram provar que existe um “gênero gay”. Estes conceitos sobre orientação sexual ajudaram a justificar as proteções legais. A ideia de que pessoas “nascem gays” tornou-se não apenas o tema de uma música de Lady Gaga, mas a justificativa racional dos direitos gays.

“no meu caso, eu não optaria por ser gay”, me disse uma amiga certa vez. Triste admissão, porque ela era.

Antigamente, “gay” significava “feliz”. Mas, com o tempo, os sinônimos acabaram se distinguindo. Gay tornou-se uma situação pessoal infeliz, até mesmo deplorável. Quando o ativista da liberação dos gays, Franklin Kameny, lançou uma simples iniciativa em 1968 proclamando que “gay is good”, foi porque, na época não era. Até 1973, a Associação de Psicologia dos Estados Unidos considerou a homossexualidade uma forma de doença mental. E embora, desde então, a cultura gay tenha se desenvolvido desde então, nossas aspirações não a acompanharam. Hoje é mais aceitável ser gay nos EUA, mas isto não é o mesmo que desejável. Na minha casa, é.

Aqui, talvez você espere que eu diga que, se minha filha fosse gay, ela teria indubitavelmente de enfrentar dificuldades e problemas que não encontraria se fosse hétero. Talvez. E talvez, se eu não fosse uma mãe lésbica branca de classe média alta morando numa cidade liberal, tivesse este tipo de preocupações. Mas independentemente disso, eu gostaria que minha filha fosse ela mesma. Se eu morasse, digamos, na Carolina do Norte, com um filho adotivo no Marrocos, gostaria de pensar que o encorajaria a ser muçulmano, se esta fosse a sua escolha eu faria isto, mesmo que sua vida provavelmente fosse mais fácil se ela não fosse. Também é mais fácil ter sucesso como dentista do que artista. Mas se minha filha quiser ser artista, eu a encorajarei totalmente – e procuraria eliminar todas as barreiras em seu caminho, em vez de cria-las eu mesma.485212911

Além disso, nunca, em momento algum, eu lamentei ser gay, nem deixei de considerar isto um bem, um dom. meus pais me apoiaram absurdamente desde o começo, e contei com uma comunidade sensacional de amigos e mentores que me fizeram sentir incondicionalmente aceita. Na época em que minha filha chegar à maturidade, ela terá mais do que uma rede de apoio, inclusive duas mães, para gritar isto bem alto.

Entretanto, mais do que isto, ser gay abriu meus olhos para o mundo ao meu redor. Aprender que nem todo gay conseguia aceitar isto tão bem quanto eu, me ajudou a perceber que muitas pessoas em geral não tiveram uma experiência positiva como a minha. Eu não seria um ser humano politicamente engajado, e muito menos ativista, escritora e personalidade da TV, se não fosse gay.

Se minha filha for gay, não me preocuparei com a possibilidade de ela ter uma vida difícil. Mas me preocupo com as pessoas que prognosticam que ela terá uma vida difícil – contribuindo para perpetuar a discriminação, que, do contrário, poderia desaparecer mais rapidamente. Quero que minha filha saiba que ser gay é tão desejável quanto ser hétero. O problema não é a ideia de que a homossexualidade possa ser uma escolha, mas a ideia de que a heterossexualidade deva ser obrigatória. Na minha casa, evidentemente, não é. Até compramos livros com figuras que mostram famílias gays, inclusive as que não são muito boas, e também temos um grande número de livros sobre papeis de gênero não tradicionais – com a princesa que gosta de lutar contra os dragões e o menino que gosta de usar vestidos.

Quando minha filha brinca de casinha com seus ursinhos coala de pelúcia, como mamãe e papai, nós a lembramos delicadamente de que poderia haver também um papai e um papai. Às vezes, ela muda seu discurso, outras vezes não. Ela é que escolhe.

Ultimamente só me preocupo com a possibilidade de ela fazer sua escolha e que seja qual for a escolha, ela a faça com entusiasmo e a comemore.

O tempo dirá, mas até o momento, não parece eu minha filha de 6 anos seja gay. Na realidade, ela adora meninos. Me parece um pouco cedo, mas, tento dar-lhe todo o apoio. Recentemente, ela brigou com um menino no ônibus da escola. Ela estava agindo como qualquer criança precoce, socialmente desajeitada faria, ou seja, nada sutil. Conversei com uma amiga que tem uma filha mais velha. “ela quer dar a este menino um cartão e presentes”, falei. “o outro menino é tão tímido que dá até pena. O que faço?”

Minha amiga me respondeu com muita boa vontade e concluiu com um soco no meu estômago: “Aposto que você não se preocuparia se ela brigasse com uma menina”.

Estava certa. Eu sou uma mãe gay que procura defender o gay. Mas vou apoiar minha filha, qualquer seja a sua escolha.

Tradução de Anna Capovilla.

Fonte:http://vida-estilo.estadao.com.br/noticias/comportamento,eu-sou-gay-e-quero-que-meus-filhos-sejam-gays-tambem,1654172

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Igor e Vitória são crianças saudáveis, e portadoras do vírus HIV.

capaturmadamonicaGratuita, publicação será distribuída em brinquedotecas e hospitais.

A Turma da Mônica ganhará dois personagens especiais. Saudáveis, Igor e Vitória levam uma vida normal, e são portadores do vírus HIV.

A publicação pretende abordar as formas de infecção da doença, o que é o vírus da Aids, como conviver com crianças soropositivas, e o impacto social causado pela patologia.

“Uma criança portadora do HIV/Aids, por exemplo, não tem culpa de ter contraído o vírus e é vista com receio pelos próprios coleguinhas e seus pais. Por essa razão, precisamos já promover sua inclusão junto aos seus colegas na escola. Serão adultos melhores”, afirma o cartunista Maurício de Sousa.

A tiragem inicial, de 30 mil cópias, será distribuída gratuitamente em brinquedotecas, nas pediatrias dos hospitais da rede Amil, postos de gasolina da rede Petrobras e em hospitais públicos da Secretaria da Saúde do Distrito Federal. Em 2013, a publicação deve ser lançada em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Salvador e Recife.

Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2012/09/turma-da-monica-ganha-dois-personagens-soropositivos.html

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