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Não há receita pronta para um relacionamento dar certo, mas alguns ingredientes podem ajudar. É disso que trata “Amar de Olhos Abertos” (ed. Sextante, R$ 24,90, 208 págs.), do psicólogo Jorge Bucay, um dos escritores argentinos mais incensados dos últimos tempos.

Bucay esteve no Brasil para lançar o livro (o primeiro em português), escrito com a colega Silvia Salinas –e a Folha aproveitou para “discutir as relações” com ele.

Ilustração Danilo Zamboni “Um dos motivos de fracasso é não trocar intensidade por profundidade, querer voltar aos tempos da paixão”, diz Bucay

Folha – O que significa amar de olhos abertos?

Jorge Bucay – Gosto de uma definição que diz que o amor é a simples alegria pela existência do outro. Não é possessão, nem felicidade necessariamente. E por isso “com os olhos abertos”. O amor cego não aceita o outro verdadeiramente como ele é.

Por que tanta gente prefere a intensidade da paixão, mesmo sabendo que é efêmera, a construir algo mais sólido?

É maravilhoso estar apaixonado e muitos preferem a intensidade superficial à profundidade eterna. Mas me pergunto como as pessoas pensam em ficar somente nisso.

Qual o sentido de estar apaixonado perdidamente o tempo todo?

Penso que é uma questão de maturidade. Também tem a ver com a nossa sociedade, que adora emoções intensas. Procuramos correr mais rápido, chegar antes, desfrutar intensamente. A paixão é como uma droga: no seu momento fugaz faz pensar que você é feliz e não precisa de mais nada. Um olhar, uma palavra te levam aos melhores lugares.

Como construir uma relação mais profunda?

Seria bom estar preparado para saber que a paixão acaba. Amadurecer significa também desfrutar das coisas que o amor dá, como compartilhar o silêncio e não um beijo, saber que a pessoa está ali, ainda que não esteja ao meu lado. É preciso abrir os olhos, e isso é uma decisão. Ver o par na sua essência.

Mas primeiro é preciso estar bem consigo mesmo. Não se deve procurar o sentido da própria vida no companheiro ou nos filhos.

Você deve responder a três perguntas básicas nesta ordem: quem sou, aonde vou e com quem. É preciso que eu me conheça antes de te conhecer e que decida meu caminho antes de compartilhá-lo. Senão, é o outro quem vai dizer quem eu sou. E isso é uma carga muito grande.

O livro diz que as relações duram o que têm que durar, sejam semanas, seja uma vida.

Duram enquanto permitem que ambos cresçam. Significa conhecer-se, gostar de si mesmo, conhecer seus recursos e desenvolvê-los. Ao lado da pessoa amada, está a melhor oportunidade para isso. E essa é uma condição para construir um relacionamento. Um casal que não cresce, envelhece. E um casal que envelhece, morre.

O que leva ao fracasso?

Um dos grandes motivos de fracasso é não trocar intensidade por profundidade, viver querendo voltar aos tempos da paixão. Outro ponto de conflito é que as pessoas não conseguem deixar o papel que desempenhavam antes de casar, querem continuar sendo o “filhinho da mamãe”, ou o “caçulinha da casa”. Outro problema é a intolerância, a incapacidade de aceitar as diferenças, as pessoas discutem pelo dinheiro, pela criação dos filhos e, por fim, morrem sufocadas pela rotina.

E como enfrentar esses problemas ou desafios?

É preciso amor, atração e confiança. Comparo esses pilares a uma mesa de três pés. O tampo da mesa seria um projeto comum firme. Se faltar qualquer um desses elementos, a mesa cai. E sobre tudo isso deve-se montar outras coisas, como a capacidade de trabalhar juntos, de rir das mesmas coisas, de ser sexualmente compatíveis, sentir o outro como um apoio nos momentos difíceis. Às vezes a terapia ajuda, às vezes é um bom passaporte para a separação.

Como saber quando a relação chegou ao fim?

Se sinto que estou sempre no mesmo lugar, que me entedio, que não tenho vontade de estar com o outro, se sempre que saímos precisamos sair com outros casais pois não ficamos bem sozinhos, quando piadas como “o idiota do meu marido” ou a “bruxa da minha mulher” se tornam frequentes, algo não está funcionado.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/803036-relacoes-nao-duram-porque-maioria-nao-enxerga-o-outro-como-ele-e-diz-psicologo.shtml

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Sete em cada dez mulheres que sobrevivem ao câncer de mama sofrem disfunções sexuais, segundo um estudo que aponta como causa principal os efeitos psicológicos da cirurgia mamária.

Mary Panjari, pesquisadora da Universidade Monash de Melbourne (Austrália), publicou o trabalho nesta semana, informou o site americano especializado “Health”.

Os cientistas entrevistaram mil pacientes com menos de 70 anos que sobreviveram ao câncer de mama e mais de 80% disseram que sua vida sexual antes da doença era satisfatória.

No entanto, dois anos depois do diagnóstico, 70% das entrevistadas reconheceram que tinham “problemas sérios” na cama, embora os autores do estudo tenham advertido que essa porcentagem pode estar exagerada, já que a memória tende a idealizar o passado.

Apesar da controvérsia, o número contrasta com os estudos sobre mulheres adultas a esse respeito. Destas, apenas 45% dizem ter complicações sexuais. A imagem que as mulheres têm de seu corpo é fundamental, segundo o estudo.

Um terço das mulheres que foram tratadas e conservaram a mama se sentia incomodada com sua aparência, mas a porcentagem aumenta para 60% entre aquelas que sofreram mastectomia.

Quanto à cirurgia de reconstrução mamária, não pareceu apresentar efeito positivo no aspecto psicológico, já que as pacientes tinham uma imagem negativa de seu físico similar às que perderam um ou dois seios.

Outros fatores também podem ser os remédios que precisam tomar durante os tratamentos cancerígenos que podem inibir a produção de estrogênios, um hormônio feminino essencial para assegurar a satisfação sexual das mulheres.

Os estudiosos associam as disfunções aos sintomas da menopausa que são desencadeados pelos tratamentos que as pacientes recebem.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/804160-maioria-das-mulheres-que-tiveram-cancer-de-mama-sofre-problemas-sexuais.shtml

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