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Two male wood cutouts standing apart

Two male wood cutouts standing apart

O sociólogo João Paulo Cavalcanti, 32, tinha 23 anos quando foi agredido por um namorado que o trancou em sua casa durante um rompante de ciúme. “Já vínhamos tendo brigas motivadas por ciúme e possessividade da parte dele. Até que um dia ele explodiu e me deu um soco. Na hora, achei que ele fosse me matar porque estava muito alterado. Fingi um ataque d asma, ele destrancou a porta, e eu saí correndo”, conta.

“Mas só consegui falar sobre o que aconteceu depois de sete anos e após fazer terapia. Tinha vergonha de falar que era gay, então nem me passava pela cabeça denunciar em uma delegacia. Também tinha vergonha por ser homem e ter apanhado. Achava que ia fazer um boletim de ocorrência e ouvir algo como ‘o viadinho que apanhou’”, diz.

Ainda que o termo violência doméstica seja usualmente relacionado a casais heterossexuais, a agressão sofrida por Cavalcanti também pode ser considerada violência doméstica, segundo especialistas ouvidos por Universa, uma vez que havia relacionamento íntimo entre os dois. Poderia ser, inclusive, enquadrada na Lei Maria da Penha, como já ocorreu em algumas decisões de tribunais brasileiros, mesmo que o texto da lei se refira à vítima como sendo uma mulher.

Na decisão mais recente, de agosto de 2019, um juiz da 4ª. Vara da Família de Belo Horizonte concedeu uma medida protetiva a uma vítima de agressão, impedindo que o ex-companheiro se aproximasse dele. “A lei fala de relações íntimas de afeto, por isso, inclui as homoafetivas. Por mais que a gente costume se referir à violência doméstica entre casais heterossexuais, ela também existe entre homossexuais homens. E já existe essa jurisprudência da Lei Maria da Penha ser acionada para a vítima pedir uma medida protetiva, embora sejam poucos os casos”, explica a advogada Maria Berenice Dias, vice-presidente nacional do IBDFAM (Instituto Brasileiro do Direito de Família) e autora de livros sobre direito homoafetivo.

casalMais comum do que se imagina

Coordenador do Núcleo de Defesa da Diversidade e da Igualdade Racial da Defensoria Pública de São Paulo, Vinícius Silva afirma que esse tipo de situação “acontece com muito mais frequência do que as pessoas imaginam”. No núcleo, diz receber vários desses casos, mas não consegue precisá-los por estar trabalhando remotamente durante a pandemia. “Muitos vêm pelo Disque 100 [serviço do governo federal de denúncias de violações de direitos humanos] e por e-mail. Antes do isolamento, as vítimas também nos procuravam presencialmente”, conta.

“As pessoas não pensam que pessoas LGBTs conseguem ser violentas com seus parceiros porque já é um grupo muito estigmatizado. Mas é uma realidade bastante comum por causa da própria sociedade em que nós crescemos, a gente acaba seguindo padrões de masculinidade, valores como o de posse do parceiro, que se reproduzem entre casais homoafetivos”, diz.

Vinícius acredita que, apesar da gravidade de uma agressão desse tipo e do fato de poder ser considerada violência doméstica, os gays que passam por situações como essa devem procurar outros mecanismos legais em vez da Lei Maria da Penha. “O ideal é continuar usando essa lei para prestigiar a luta das mulheres, para evitar que suas reivindicações sejam apagadas”, opina. “Ainda assim, a vítima não ficaria desamparada: há leis gerais no Código de Processo Penal que dão conta da situação e podem exigir, inclusive, o afastamento do agressor.”

LGBTs têm dificuldade para reconhecer agressão vinda de seus pares

casal02A advogada Luanda Pires, integrante da Comissão de Diversidade Sexual da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo) e especialista em direito homoafetivo e de gênero, afirma que, muitas vezes, as próprias vítimas têm dificuldade de se reconhecer dentro de uma situação de violência doméstica.

“Os casais que vivem essa situação dizem que demoram para admitir porque não esperam que uma pessoa que também sofreu homofobia, que já foi vítima de agressões ou ofensas, possa praticar esses atos com um companheiro ou companheira”, explica.

Ela destaca que, entre lésbicas, a proteção da lei é mais explícita para essas situações, mas que homens gays também estão amparados legalmente. “É importante que as pessoas entendam que todos estão sujeitos, independentemente de orientação sexual, a passar por isso. Inclusive, tanto como vítima quanto como agressor ou agressora, porque, mesmo que tenha entendimento a respeito de direitos humanos, raça, gênero, a gente vem dessa construção social machista e acredita que, nas relações, sempre há alguém com mais força ou que pode se sentir ‘dono’ da outra pessoa”, diz Luanda.

“E ressalto que é importante observar o comportamento do parceiro ou da parceira desde as pequenas agressões de um relacionamento abusivo”, alerta. “Se a pessoa fala coisas que te ofendem, começou a te xingar ou deixar mal, já é o caso de procurar ajuda: pesquise na internet, busque uma rede de apoio ou coletivos ligados à causa LGBTQIA+. Assim, essa violência é reconhecida de forma mais rápida e a gente pode evitar que chegue a uma agressão física.”

Fonte: https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2020/06/16/violencia-domestica-tambem-existe-entre-casais-gays-entenda.htm

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GLASGOW, UNITED KINGDOM – OCTOBER 10: A man makes his way home from work on a bus as darkness falls on October 10, 2005 in Glasgow, Scotland. Seasonal affective disorder (SAD), or winter depression, is a mood disorder related to the change in the seasons and the resulting reduction of exposure to daylight. The end of British Summer time, when clocks go back one hour at the end of October, will see most people making their daily commute in darkness both ways. With winter nights stretching to 19 hours in the UK, and Scotland’s often inclement weather, it is estimated that the “Winter Blues” can affect up to 20% of the population. (Photo by Christopher Furlong/Getty Images)

Se frases como “Isso só acontece comigo!” ou “Nada dá certo para mim!” são frequentes no seu repertório, é possível que você esteja adotando uma mentalidade de vítima diante das circunstâncias da sua vida.

Em diversos momentos da vida as coisas podem fugir do nosso controle e algo que desejamos pode não acontecer como planejado. Uma oportunidade profissional não alcançada, uma prova com um resultado ruim, um relacionamento que chega ao fim contra a nossa vontade. Algumas vezes, inclusive, vivenciamos fatalidades que nos marcam de maneira mais profunda, gerando maior dificuldade em superá-las.

A recorrência de situações que dão errado, entretanto, nem sempre é simples fruto do acaso ou de um suposto complô cósmico que impede a nossa vida de seguir o fluxo que planejamos. É possível que determinadas situações aconteçam como consequências de atitudes ou displicências que permeiam nosso comportamento. É importante observar, portanto, como você tem encarado esses momentos. Como você enxerga o seu papel diante dos relacionamentos, expectativas e fatos cotidianos da vida que não acontecem como você desejava?

Segundo Ilíada Alvez, psicóloga clínica membro do IPq do HC-FMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) e preceptora da residência em Psiquiatria do Hospital das Clínicas Dr. Ramadês Nerdini, “a ‘vitimização’ pode ser socialmente definida como o hábito de condicionar sentimentos de dó e piedade a si próprio. Pessoas que atribuem ao outro ou ao universo a culpa por não se sentirem capazes de promover mudanças ou solucionar problemas”. A psicóloga ressalta, contudo, que a leitura de determinados comportamentos precisa compreender seu funcionamento dentro do histórico de vida de cada pessoa e exige um olhar empático.

No tocante às circunstâncias que geram esse tipo de comportamento, Alves salienta que “cada pessoa desenvolve as próprias estratégias de enfrentamento para lidar com situações adversas”. De acordo com ela, processos falhos de comunicação podem estimular indivíduos a adotarem estratégias e posturas vitimistas, caso percebam que essa forma seja a única maneira de obter a validação do outro. “Assim, esse modelo de comunicação pode tornar-se circular e reforçador”, finaliza.

Sinais frequentes

“Em geral quem se faz de vítima são pessoas com baixa autoestima, que receberam pouco afeto quando crianças e que só tiveram atenção dos familiares quando machucadas ou doentes”, explica Sonia Maria Duarte Sampaio, psiquiatra e coordenadora do Projeto Vincular (Psicoterapia de Casal e Família) no IPq do HC-FMUSP.

Para a psiquiatra, diante deste cenário, essas pessoas quando adultas tendem a associar dor e sofrimento como busca de amor e atenção. “São pessoa que estão sempre reclamando da vida, apresentando queixas recorrentes, sejam elas relacionadas ao corpo, como doenças ou dores; ou ligadas ao trabalho, amigos ou familiares”, define. Os indivíduos que possuem esse tipo de comportamento costumam não se responsabilizar por seus erros ou dificuldades e podem utilizar de seus problemas para angariar atenção do outro.

Segundo Thaís Oliveira, psicóloga hospitalar da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a sinalização de uma pessoa que se vitimiza comumente se segue ao modo com que encara seus traumas e dificuldades: “Normalmente é alguém que passou por dores durante a sua vida e que não foram compreendidas nesse processo”, adiciona. Para a psicóloga, ao negar a possibilidade de enfrentar esses problemas, a pessoa adota uma postura de vítima e “acaba acreditando que a história dela é sempre mais triste, dizendo que as coisas nunca dão certo para ela ou que a vida é injusta”, finaliza.

Sampaio sinaliza ainda que é importante diferenciar o comportamento de vitimização de outras duas patologias que apresentam, entre outros diversos sintomas, o fato de seus portadores se sentirem prejudicados pelos outros ou pelas circunstâncias. São elas: o Transtorno de Humor Depressivo e a Simulação. De acordo com ela, a depressão faz com que o indivíduo tenha “uma visão pessimista e distorcida da realidade, de modo a ver o mundo sempre com cores sombrias, tendendo a se vitimizar”. No caso da simulação, “a pessoa se vitimiza de modo consciente para obter vantagem de alguma forma, seja emocional ou financeira”, define.

Por que é tão difícil se perceber nesse comportamento?

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Portrait of Dr Paul Gachet by Vincent van Gogh (Dutch, 1853 – 1890); oil on canvas, 1890, from the Musee d’Orsay, Paris. (Photo by GraphicaArtis/Getty Images)

De acordo com Alves, o rótulo imprimido à palavra vitimização, bem como outros atributos negativos associados a esta denominação, podem explicar a dificuldade de se reconhecer neste papel. “O uso da expressão ‘se fazer de vítima’ também pode ser interpretado como uma minimização do problema ou da experiência emocional” ressalta. Deste modo, ao sentir que uma experiência que considera dolorosa é banalizada, este reconhecimento se tornaria ainda mais difícil para o indivíduo.

Por outro lado, o problema ser apontado por outras pessoas pode ser essencial para que a pessoa se perceba nesse papel. “Nossa consciência se forma através do olhar do outro. É através da interação com o outro que eu percebo tanto as minhas qualidades como meus defeitos”, adiciona Sampaio. Ainda segundo a psiquiatra, a pessoa que se vitimiza normalmente não tem consciência de sua atitude. “É necessário que alguém diga a ela que está muito queixosa, que está se vitimizando muito e a ensine a procurar a responsabilidade em si mesma”, pontua.

Alves e Oliveira destacam também a importância do acompanhamento psicológico nesses casos, para que o indivíduo consiga potencializar seu processo de autoconhecimento. Deste modo, a pessoa tem mais chances de reconhecer esses comportamentos em si mesma, aprendendo a olhar para si através de uma outra perspectiva, questionando esse papel. “Normalmente uma pessoa que se vitimiza tem dificuldades em compreender suas próprias emoções e com ela, vem a dificuldade em administrar seus próprios comportamentos”, adiciona Oliveira.

Ferramentas que podem facilitar mudanças nesse comportamento

Para Sampaio, a pessoa que se coloca constantemente no papel de vítima precisa aprender a lidar com suas próprias sombras, mazelas e carências, bem como as estruturas criativas de sua personalidade, suas qualidades e virtudes. Ela destaca também a importância de se estimular comportamentos resilientes: “a psicologia entende por resiliência a capacidade que temos de sofrer revezes na vida e voltarmos ao nosso eixo, enfrenta-los e voltarmos a ser exatamente como éramos antes”, explica.

Ao lidar com nossas dificuldades próprias e aquelas que a vida nos impõe, seria importante, portanto, ativarmos o arquétipo do herói dentro de nós, orienta a psiquiatra. “O herói enfrenta, age, encara o desafio, vai à luta e não reclama”, finaliza.

Oliveira também orienta que o indivíduo precisa desenvolver um processo de responsabilização de sua própria vida, reconhecer os comportamentos diante das suas relações e até mesmo diante da sociedade, estabelecendo limites para si e também para a atuação dos outros. “É importante buscar compreender melhor as emoções diante das dificuldades da vida e buscar olhar por uma outra perspectiva”, direciona. Para saber avaliar em qual momento está sendo de fato vítima de alguma situação e quando está utilizando esse recurso para se defender ou não tomar uma ação diante de um problema.

Ainda de acordo com Alves, é importante que o indivíduo reflita sobre as crenças que construiu sobre si mesmo, as pessoas e o mundo ao seu redor ao longo da vida. Uma vez que elas interferem profundamente no modo como ele se comporta frente as situações. “Esses conceitos são constituídos por regras e ideias difíceis de serem articuladas”, explica a psicóloga.

“Uma pessoa que, por exemplo, acredita que ‘nada dá certo na sua vida’ pode ter uma crença de ‘incapacidade’. E não se sentir competente o suficiente para obter êxito em situações que estão condicionadas ao seu desempenho, pode interferir nas suas escolhas”, exemplifica.

Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2020/07/01/voce-pode-estar-se-fazendo-de-vitima-e-nem-perceber-entenda-os-sinais.htm

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teenager demonstrating application of make up to her followersPesquisa entrevistou milhares de adolescentes em escolas inglesas e também revelou que meninas são mais vulneráveis a ‘cyberbullying’.

As redes sociais fazem mal para os adolescentes?

A pergunta que tira o sono de pais, educadores e cientistas em todo o mundo recebeu, por ora, uma nova resposta.

E ela é: as redes não prejudicam diretamente os mais jovens, mas podem tirar o tempo que eles gastam em atividades vitais e saudáveis, como dormir e se exercitar.

O alerta vem de pesquisadores do Reino Unido, que recomendam a proibição de celulares depois das 22h e incentivos a atividades físicas.

Segundo o estudo, as meninas são especialmente vulneráveis ao cyberbullying, o que pode levar a problemas psicológicos.

No Reino Unido, nove em cada dez adolescentes usam redes sociais e há uma crescente preocupação com o seu impacto na saúde mental dos mais jovens.

tecnologia3Até agora, as conclusões das pesquisas são contraditórias devido à falta de estudos de longo prazo.

Neste estudo recente, publicado na revista médica especializada “The Lancet Child & Adolescent Health”, mais de 12 mil adolescentes em idade escolar na Inglaterra foram entrevistados durante três anos, dos 13 aos 16.

Eles cursavam os anos 9, 10 e 11 (equivalentes ao 9. ano do ensino fundamental e 1. e 2. do ensino médio no Brasil) do sistema de ensino britânico.

O que o estudo fez?

Os adolescentes informaram com que frequência checavam redes como Instagram, Facebook, Whatsapp e Twitter diariamente, mas não quanto tempo gastavam usando-as.

No ano 9, a maioria (51%) das meninas e 43% dos meninos entraram em redes sociais mais de três vezes por dia; no ano 11, a frequência subiu para 69% entre meninos e 75% entre as meninas.

Já no 10, os mesmos jovens preencheram um questionário sobre sua saúde mental e relataram experiências de cyberbullying, sono e atividade física.

No ano 11, os adolescentes avaliaram seus níveis de felicidade e ansiedade.

O que a pesquisa encontrou?

Os meninos e meninas que verificavam suas redes mais de três vezes por dia tinham pior saúde mental e maior sofrimento psicológico.

tecnologia4As meninas também parecem mais propensas a dizer que são menos felizes e mais ansiosas à medida que os anos avançaram, ao contrário dos meninos.

Os pesquisadores dizem que há indícios de um vínculo forte entre o uso de redes sociais e saúde mental.

Nas meninas, os efeitos negativos são revelados principalmente em perturbações do sono, cyberbullying e, em menos medida, falta de exercício.

Nos meninos, os fatores também têm um impacto, mas muito menor.

Os pais devem se preocupar?

O coordenador do estudo, Russell Viner, professor de saúde do adolescente do University College London, diz: “Os pais andam em círculos quando o assunto é o tempo que seus filhos passam nas redes sociais todos os dias.”

“Mas eles deveriam se preocupar com a quantidade de atividade física e sono dos filhos, porque as mídias sociais estão substituindo outras coisas.”

As redes sociais também podem ter um efeito positivo nos adolescentes e “desempenham um papel central na vida de nossos filhos”, acrescentou.

Também envolvida no estudo, a professora de psiquiatria infantil, Dasha Nicholls, da universidade Imperial College London, completa: “Não é o tempo na rede social em si, a questão é quando ela desloca os contatos e atividades da vida real.”

“A questão é encontrar um equilíbrio.”

É diferente para meninos?

A equipe de especialistas diz que, embora tenha observado diferenças no uso de redes sociais entre garotas e garotos, elas ainda não são bem compreendidas.

Também são necessários outros estudos para descobrir de que forma o uso das redes sociais pode influenciar o sofrimento psicológico dos meninos.

tecnologia6E quanto ao cyberbullying?

Nicholls diz que os pais devem monitorar as atividades de seus filhos para ter certeza de que não estão acessando conteúdo prejudicial, principalmente à noite.

“Com o cyberbullying, nem a nossa cama é um lugar seguro. Mas, se o seu celular estiver em outro cômodo da casa, você não pode ser intimidade em sua cama.”

Louise Theodosiou, do corpo docente sobre crianças e adolescentes do Royal College of Psychiatrists (organização profissional de psiquiatras do Reino Unido), diz: “Mais estudos são necessários para entender como podemos evitar os impactos mais negativos das redes sociais, particularmente em crianças e jovens vulneráveis.”

“É justo que as empresas de redes sociais contribuam para financiar esses estudos e façam mais para apoiar os jovens a usar a internet com segurança.”

Fonte: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/viva-voce/noticia/2019/08/16/redes-sociais-nao-fazem-mal-desde-que-nao-substituam-atividades-mais-saudaveis-diz-estudo.ghtml

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gettyimages-944747626-1024x1024A comunicação não é restrita à fala, por isso mesmo os bebês têm capacidade de se comunicar, seja por risadas, olhares, gestos ou sons da voz. A partir do primeiro ano, já é comum que as crianças pronunciem as primeiras palavras, que geralmente são tentativas de “mamãe” ou “papai”.

A partir dos dois anos, normalmente a criança forma as primeiras frases. Aos três, orações mais completas e facilmente compreendidas por pessoas que não convivam com a criança, de acordo com a fonoaudióloga Juliana Trentini, autora do livro “Do gugu-dadá ao mamãe, me dá”.

Aos cinco, a fala já deve fluir sem dificuldade, porque nesta idade o padrão de linguagem é semelhante ao de um adulto. O marco científico para identificar um retardo na aquisição da linguagem é aos dois anos e seis meses, segundo especialistas.

Trentini lembra que nem todas as crianças têm o mesmo ritmo de desenvolvimento, mas, se houver qualquer desconfiança de dificuldade na aquisição de linguagem, é recomendável buscar ajuda de especialistas. Uma intervenção considerada precoce, feita antes dos três anos, com terapia fonoaudiológica e acompanhamento médico, pode oferecer resultados mais rápidos.

Em que idade a criança começa a falar?

“Existe uma crença de que tudo bem se a criança não falar antes dos três anos, de que vale a pena esperar, mas a linguagem é um indicador importante do desenvolvimento neurológico. Se a criança tem dificuldade, talvez não consiga atingir seu potencial e pode ser um tempo precioso de intervenção que não está sendo aproveitado”, diz a fonoaudióloga Juliana Trentini.

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Até os quatro anos, a criança tem uma “janela de linguagem intensa”. “Mas ela é muito intensa entre 0 e 18 meses, é quando os neurônios crescer e formam conexões, por isso, a reação é melhor, os neurônios estão mais desocupados. A partir dos quatro anos, a resposta será mais lenta”, explica o neuropediatra Antônio Carlos de Farias, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba.

O médico lembra que a comunicação não-verbal das crianças também deve ser notada. “Mesmo sem falar, é preciso avaliar se a criança se comunica. Ele aponta o dedo, faz mímica, há expressão de emoção? O conceito de linguagem é amplo, a gente se comunica de várias formas com gestos e emoção.”

Casos de atraso de desenvolvimento da fala exigem uma atuação conjunta entre médicos e fonoaudiólogos. Antes de iniciar uma intervenção, é preciso descartar problemas genéticos, psiquiátricos e auditivos por meio de exames clínicos.

Transtorno de Desenvolvimento de Linguagem (TDL)

Descartada a presença de síndromes ou patologias, a maioria dos casos de crianças que não têm vocabulário ou forma de falar esperada para a idade tende a ser transitória. Estudos científicos nos EUA dizem que nestas situações o desenvolvimento da linguagem ocorre até por volta de quatro anos e meio. No Brasil, essa estimativa pode variar porque, em razão das condições socioeconômicas das famílias, uma criança com a saúde perfeita pode ter um desenvolvimento mais demorado por falta de acesso ao tratamento adequado.

Há, entretanto, casos de atraso que possuem diagnóstico de distúrbio de linguagem. Estima-se que de 7% a 10% da população infantil, de um a cinco anos, tem boa compreensão, funções cognitivas preservadas e boa audição, mas não desenvolve a linguagem como o esperado por conta de um distúrbio chamado Transtorno de Desenvolvimento de Linguagem (TDL), de acordo com a fonoaudióloga Amalia Rodrigues.

Os sintomas de um atraso na fala e do TDL, que é mais complexo, são os mesmos. Um especialista só poderá chegar ao diagnóstico após o início do tratamento. No primeiro caso, em até seis meses de intervenção, às vezes também com acompanhamento psicológico, a linguagem da criança começa a despontar.

“A resposta já nos direciona se a criança tem algo como um atraso, que é temporário, ou se configura um distúrbio e vai precisar de intervenção por muitos anos. O TDL é um problema crônico para toda a vida, mas com a intervenção correta é possível fazer a inclusão na sociedade”, explica Amalia Rodrigues, que professora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Amalia diz que, em ambos os casos, uma das orientações é matricular a criança na escola, caso ainda não a frequente, por conta do acesso a atividades pedagógicas e pelo contato com outras crianças. “Orientamos a família e a escola que é preciso oferecer estímulos. A brincadeira é a base cognitiva que vai auxiliar a criança a fazer o desenvolvimento linguístico. Quando ela passa a aprender fora do contexto terapêutico, é um indício de que pode o problema ser um atraso, não um distúrbio.”

holding baby handSintomas de autismo

O atraso na fala pode ser um dos sintomas de comprometimento neurológico ou de transtornos como o autismo. Mesmo nesses casos, segundo Juliana Trentini, com um bom tratamento é possível ter chances de sucesso. “São raras as crianças não verbais, só os casos muito severos.”

Amalia Rodrigues afirma que hoje há autistas com desempenho exelente na comunicação, e que a tecnologia proporcionou um campo de inclusão grande. “Além do mais, existe uma série de outras patologias que podem ser relacionadas ao atraso de fala. É mais fácil ser uma alteração de linguagem do que ser autismo. Esse susto [da possibilidade de um diagnóstico como autismo] mobiliza alguns pais, mas para outros, dificulta a busca pela ajuda por medo.”

O neuropediatra explica que antigamente o diagnóstico de autismo era focado na linguagem falada. Agora já há a percepção da linguagem não falada, como o olho no olho e a observação da atenção da criança. “Hoje os professores percebem mais a comunicação não-verbal, mas os pediatras ainda não têm esse preparo acurado. “Um diagnóstico feito somente a partir da fala pode ser muito tardio, segundo Antônio Carlos de Farias.

Eletrônicos prejudicam crianças?

Um dos vilões da aquisição de linguagem é a variedade de equipamentos eletrônicos que existe hoje. O contato cada vez mais cedo com televisão, tablets e smartphones pode ser prejudicial para a criança, segundo especialistas.

“O ideal é a criança não ter contato com nada disso antes de dois anos, e depois ter um acesso limitado. Existe, sim, influência porque a tela afeta o desenvolvimento da linguagem”, afirma Juliana Trentini. Ela explica que esse tipo de tela tem capacidade de “enganar o cérebro”, distraindo a criança e dificultando que aprenda ou se desenvolva durante o contato com os equipamentos.

Antônio Carlos de Farias relaciona o fenômeno do atraso a algumas características sociais. “Há a evolução da mulher saindo de casa para trabalhar, a criança ficando mais tempo na escola, a comunicação se perdeu um pouco.”

Amalia diz que os pais têm tido menos tempo de qualidade com os filhos. “Digo aos pais que as horas que passam com filhos precisa ser de interação, conversa, brincadeira, leitura de histórias e qualquer atividade que tenha a conversa por intermédio são aproveitadas.”

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Para o médico, em geral, os atrasos de linguagem são “maturacionais”, e portanto, transitórios, à medida que a criança cresce, se desenvolve e amadurece. Mas também há casos “lesionais” que revelam um distúrbio. “A fala errada, por exemplo, é normal e transitória até os quatro anos. Depois disso é um problema, precisa ser investigado, pode ser um indício de dislexia.”

Atraso em gêmeos é comum?

Alguns fatores como prematuridade – comum principalmente em gêmeos – podem ser desencadeadores de problemas como atraso na aquisição de fala. Entre os múltiplos, ainda há a questão de que as crianças interagem muito entre elas, e o estímulo dos pais, por terem de se dividir, nem sempre é igual para os irmãos.

“Existe tendência do gêmeo de ter dificuldade maior, mas não podemos deixar de oferecer ajuda por conta disso. Às vezes, os gêmeos se fecham entre eles e não sentem necessidade de falar com outras pessoas. Falar é difícil, só falamos porque precisamos”, afirma Juliana.

Na casa da administradora de Elza Cabral Galvão, 44 anos, nem tudo que as gêmeas Alice e Beatriz falam é compreensível. “Elas falam muito entre elas, mas ainda na linguagem delas, mas na escola não falam com ninguém.”

Elza acha que as meninas, que completam 4 anos em junho, podem falar pouco por terem puxado sua personalidade e jeito tímido. Entretanto, já as levou à fonoaudióloga e à psicóloga. “Elas entendem tudo e são bem inteligentes. Vou ver como vai ser neste ano na escola se elas se desenvolvem.”

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46885542

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Em seis anos, proporção de pessoas que bebem toda semana subiu 20%.
Índice dos que dirigem após beber caiu 21% entre 2006 e 2012, diz Unifesp.

AA029657 Um estudo publicado nesta quarta-feira (10) em São Paulo mostra que o consumo frequente de álcool tem se tornado cada vez mais comum entre os brasileiros. Segundo a pesquisa, a proporção de pessoas que bebem ao menos uma vez por semana – os chamados “bebedores frequentes” – aumentou 20% ao longo dos seis anos.

“Houve um aumento do consumo entre os que bebem. Você tem mais de um milhão de pontos de venda [de bebida alcoólica], as pessoas são estimuladas a consumir”, disse Ronaldo Laranjeira, professor de psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e um dos autores da pesquisa.

Os dados são do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad). Foram analisadas as respostas dadas por 4.607 pessoas de 149 municípios de todos os estados do país, na pesquisa de 2012. Com isso, foi possível fazer uma comparação com a primeira edição do Lenad, que avaliou dados de 3.007 voluntários, entrevistados em 2006.

Apesar do aumento na frequência de ingestão de álcool entre os que bebem, a quantidade de pessoas que dizem beber mudou pouco no período. O índice de abstinência, ou seja, de pessoas que não consomem álcool, subiu de 48%, em 2006, para 52%, em 2012, diferença que os pesquisadores da Unifesp consideraram insignificante.

Bebendo com mais frequência
Em 2006, 45% dos adultos entrevistados no Lenad diziam consumir bebidas alcoólicas uma vez por semana ou mais, o que configura um “bebedor frequente”. Em 2012, o número saltou para 54%, o que significa um aumento proporcional de 20% em seis anos, segundo o Lenad.

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O crescimento foi maior entre as mulheres: 29% das entrevistadas admitiam beber uma vez por semana ou mais, em 2006, contra 39% em 2012, uma elevação proporcional de 34,5%. Já entre os homens, o índice dos que admitiam beber uma vez ou mais por semana passou de 56% em 2006 para 64% em 2012, crescimento de 14,2% proporcionalmente, de acordo com o estudo.

Beber e dirigir
As políticas de Lei Seca no trânsito têm dado resultado, indicam os dados do Lenad. Em seis anos, houve uma queda proporcional de 21% entre os que admitem ingerir bebida alcoólica e dirigir – eram 27,5% dos entrevistados em 2006 e agora são 21,6%.

A queda foi mais acentuada entre os homens (19%, entre 2006 e 2012), mas eles seguem como maioria entre os que infringem a lei. Em 2012, 27,3% dos entrevistados afirmaram ter dirigido depois de beber, contra 7,1% das entrevistadas.

Região ‘campeã’
O Nordeste foi a região com redução mais acentuada na ingestão de bebida ao volante. Houve queda proporcional de 43% entre os que admitiam dirigir após beber. Em 2006, 39% dos entrevistados na região diziam infringir a Lei Seca, contra 22% dos indivíduos em 2012.

Já no Sudeste, segunda região com maior queda proporcional, a redução foi de 25% no mesmo intervalo de tempo. Em 2006, 24% dos entrevistados na região diziam dirigir após beber, contra 18% dos entrevistados em 2012.

Para Laranjeira, a única medida com fiscalização efetiva contra o consumo de álcool é a Lei Seca. “O mercado do álcool permanece intocado. Precisa mexer nas políticas [públicas]”, ponderou.

Beber muito e rápido
Um dos tipos mais preocupantes para o médico, o chamado “beber em binge” ou beber muitas doses rapidamente – que acontece nos “esquentas” para festas, por exemplo, de acordo com os pesquisadores – cresceu 31,1% proporcionalmente, em seis anos. Em 2006, 45% da população de bebedores admitiam ter este comportamento, índice que passou para 59% em 2012.

O aumento novamente foi maior entre as mulheres – 36% das que diziam ingerir álcool tinham esta  prática nociva de beber em 2006, contra 49% na última medição do Lenad, em 2012. Proporcionalmente, a elevação foi de 36%, segundo a Unifesp. “É o abuso que acontece em festas, por exemplo”, definiu Laranjeira.

108314627Álcool e violência
Segundo o Lenad, quase um terço (27%) dos homens com menos de 30 anos que bebem já se envolveram em brigas com agressão. O número é alto em comparação com os indivíduos na mesma faixa etária que não ingerem álcool – só 6% estiveram em brigas, em 2012.

A posse de arma de fogo e o ato de andar armado também sobem quando a análise inclui homens com menos de 30 anos que bebem, informa o estudo. Entre os indivíduos que não ingerem álcool, só 5% admitiram usar arma. Já entre os que têm menos de 30 anos e bebem, 10,3% andam armados.

De acordo com os pesquisadores, em 50% dos casos de violência doméstica (3,4 milhões de pessoas) registrados em 2012 houve ingestão de álcool por parte do agressor, o que sugere uma relação entre a agressão em casa e a bebida.

“Estamos despreparados para atender pessoas que querem parar de beber”, ressaltou Laranjeira, referindo-se às políticas públicas do Brasil. “A gente combate a violência doméstica, mas o álcool como origem destes casos, não.”

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/04/consumo-de-alcool-entre-brasileiros-se-torna-mais-frequente-diz-estudo.html

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dv168066aA adolescência muitas vezes parece ser um grande teste para o amor próprio. O corpo cresce de forma desordenada e espinhas aparecem. Os meninos mudam de voz e ganham pelos no rosto. As meninas veem crescer os seios e conhecem a menstruação. Os hormônios se revoltam. Surge a atração por outros jovens e o medo da rejeição. É preciso encontrar um grupo e ser aceito por ele. E lidar com pais e professores que cobram a escolha da profissão que será exercida pelo resto da vida.

Todos passam por isso e é impossível pular essa fase da vida, mas nessa provação muitos jovens acabam com a autoestima seriamente abalada. É possível, no entanto, identificar o problema e ajudá-los a enfrentar o momento com mais segurança.

A baixa autoestima é um problema que pode surgir em qualquer momento da vida, mas é bastante comum na adolescência. “Esse é um momento de reorganização do indivíduo em relação a sua imagem corporal e a seu lugar no mundo. As mudanças físicas são muito rápidas e ele deixa de ser criança e tem de se adaptar a um novo papel na sociedade”, afirma a psicóloga Débora Dalbosco Dell’Aglio, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Adolescência da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). “Nesse processo, a pessoa se torna mais vulnerável às críticas e aos fracassos”.

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Outro fator importante capaz de afetar a autoestima dos jovens é sua inserção na sociedade e a nova necessidade de fazer parte de grupos. “Como eles ficam mais expostos ao social, as rejeições e frustrações passam a ser vividas com mais frequência. E como os hormônios deixam as emoções à flor da pele, tudo é sentido com mais intensidade, as experiências boas e as ruins”, diz Natércia Tiba, psicóloga especializada em adolescentes e terapia familiar.

Isolamento

O adolescente que tem seu amor próprio abalado fica inseguro e volta-se mais para ele mesmo. Débora afirma que o problema vai afetar os relacionamentos com amigos e as relações afetivas, tão importantes nessa época de descobertas, e inibir a tomada de decisões e escolhas.

90301771Muitas atitudes, dentro e fora de casa, podem sinalizar um problema de autoestima. O adolescente pode se mostrar triste e não querer ir para a escola nem participar de festas e outros eventos sociais, muitas vezes dizendo estar se sentindo feio ou não ter as roupas certas. A recusa em tentar novos cursos ou atividades que envolvam um grupo também pode ser sinal de alerta.

Para a psicóloga Milena Lhano, especialista em terapia familiar e de adolescentes, o jovem pode reagir ao problema se isolando e tendo dificuldade em lidar com situações mais “adultas” por não se sentir capaz para tais desafios. “Agressividade, rebeldia ou alguma compulsão também podem ser sinais que demonstram que algo não vai bem”.

De acordo com Natércia, alguns podem começar a criar personagens, reforçar características estereotipadas. “Por achar que as pessoas não vão gostar dele, o adolescente pode vestir uma máscara”, fala Natércia. Segundo a psicóloga, também é importante conhecê-lo dentro do contexto social, observando de que grupo ele faz parte na escola e qual papel ele desempenha dentro desse círculo de amigos.

Críticas e elogios

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Enganam-se os pais que acreditam que ajudar um filho com esse problema é cobri-lo de elogios. Segundo os especialistas ouvidos por UOL Gravidez e Filhos, o mais importante nesse quadro é fazer o jovem entender que será amado por quem ele é, independentemente dos sucessos ou fracassos que tiver.

“A autoestima não é se achar o máximo o tempo todo, é a pessoa se amar tendo consciência de que tem pontos bons e ruins. É um reconhecimento de suas reais capacidades e dificuldades”, diz Natércia Tiba. Por isso, ela afirma que os pais nunca devem cobrar que os filhos tenham o melhor desempenho em tudo e que saibam valorizá-los pelo que eles são.

“A gente tem de criar os filhos para o mundo real”, declara Débora Dalbosco. “Ninguém vai ter o corpo perfeito, ser o mais inteligente e o mais popular ao mesmo tempo. Eventualmente, todo mundo vai se deparar com limitações e frustrações na vida e, se a pessoa cresce achando que vai ser o melhor em tudo e ter tudo o que quer, ela pode se deprimir”.

Saiba elogiar e saiba dar bronca

133978562Segundo Milena Lhano, os extremos entre críticas e elogios são sempre ruins e a resposta dos pais deve ser pontual e justa. “Corrija quando ele errar e elogie quando acertar, porque ninguém só acerta ou só erra o tempo todo”.

Dalbosco diz que, na hora de chamar a atenção ou dar bronca, que não sejam feitas generalizações. Nunca se deve dizer frases como “você é um preguiçoso” ou “você faz tudo errado”. “A crítica precisa ser específica, como ‘você não está arrumando seu quarto’ ou ‘isso aqui você não está fazendo direito, quer ajuda?'”, diz. E sempre coloque-se à disposição para ajudá-lo a melhorar naquela tarefa.

A psicóloga Maria Cristina Capobianco concorda. “É importante que os jovens recebam críticas construtivas, realistas, em doses que os fortaleçam e que não ataquem sua autoestima”, afirma. Para ela, é importante também reforçar os talentos, apoiando as iniciativas criativas e ajudando o jovem a encontrar seu lugar.  “Os pais devem ajudar o adolescente a perceber que o processo de crescimento é longo, é doído, vai ter altos e baixos, mas que o sofrimento traz aprendizagem, amadurecimento e conquistas”, diz.

Se a baixa autoestima não for cuidada na adolescência, a pessoa pode chegar à vida adulta apresentando um quadro de depressão e ter dificuldades para se relacionar e na vida profissional. “Ela vai continuar se cobrando que seja boa em tudo e terá muita dificuldade em aceitar rejeição e frustração”, declara Natércia Tiba. Na maioria dos casos, no entanto, o sentimento passa naturalmente sem trazer consequências ruins para a vida adulta.

Fonte; http://mulher.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2012/12/31/autoestima-fica-mais-fragil-na-adolescencia-mas-pode-ser-fortalecida-dentro-de-casa.htm

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Pesquisa foi realizada com mais de 4 mil crianças nos Estados Unidos e ouviu mais de 200 pediatras.

Um estudo realizado nos Estados Unidos revelou que os meninos estão experimentando o início da puberdade até dois anos antes do que se pensava.

 O estudo, o maior já conduzido no país, analisou as características de 4 mil de crianças do sexo masculino.

A pesquisa descobriu que, em média, os meninos brancos e hispânicos estão atingindo a puberdade com 10,4 anos, enquanto os negros começam a adolescência aos 9,4 anos.

De acordo com pesquisadores da Academia Americana de Pediatria (AAP), responsáveis pelo estudo, os resultados indicam que a puberdade está ocorrendo, de maneira geral, de seis meses a dois anos antes do que havia sido documentado até agora – de 11,5 anos para meninos brancos e hispânicos, e 11 anos para os negros.

Essas mudanças têm sido observadas em estudos realizados com meninas, mas é a primeira vez que se pesquisou o início da adolescência masculina.

Como as meninas

Para realizar o estudo, os cientistas ouviram 212 pediatras em clínicas de todo o país. No total, a pesquisa coletou informações de 4,1 mil crianças entre 6 e 16 anos.

Os pesquisadores acompanharam os dados sobre a ocorrência dos primeiros sinais de puberdade masculina: o surgimento dos pelos pubianos e o aumento dos testículos.

O estudo, publicado na revista Pediatrics, não detalha, no entanto, quais as causas dessas mudanças. Mesmo assim, os especialistas avaliam que a descoberta pode ser importante para a adoção de novas estratégias de saúde pública.

“Até agora, nos dados mais recentes, faltavam as informações sobre o início da puberdade nos meninos americanos, desde o surgimento até o final do ciclo”, afirmou a médica Marcia Herman-Giddens, uma das autoras do estudo.

“Isso é de extrema importância não só para os pediatras como para especialistas de saúde pública e pais”, acrescentou. “Acompanhar as alterações no crescimento e desenvolvimento é uma parte importante da análise da saúde das crianças.”

Várias teorias tentam explicar o avanço no início da puberdade de meninos e meninas, desde os altos níveis de obesidade até produtos químicos presentes nos alimentos que podem interferir na produção dos hormônios.

Mas os pesquisadores observam que ainda é preciso realizar mais estudos para identificar melhor as causas do fenômeno e entender melhor por que as crianças estão amadurecendo sexualmente mais rápido.

“Se é verdade que as crianças estão começando a puberdade cada vez mais cedo, ainda não está claro se isso representa algo negativo ou tem implicações de longo prazo”, disse o médico William Adelman, membro da Comissão da Adolescência da AAP. BBC Brasil – Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/geral,meninos-estao-comecando-puberdade-mais-cedo-diz-estudo,950165,0.htm

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Número de crianças e adolescentes, de 12 a 25 anos, que sofrem de depressão é tão alto como nos adultos, mas doença não é detectada, diz OMS

A depressão afeta jovens e adultos na mesma proporção, anunciou nesta terça-feira,9, a Organização Mundial da Saúde (OMS), que também constatou um aumento de casos registrados entre os menores de idade na última década.

“O número de crianças e adolescentes, de 12 a 25 anos, que sofrem de depressão é tão alto como nos adultos. O problema, neste caso, é que a depressão não é detectada porque não há consciência de sua real incidência”, afirmou em entrevista coletiva Shekhar Saxena, diretor do departamento de Saúde Mental e Abuso de Substâncias da OMS.

“Os sintomas que afetam jovens e adultos costumam ser diferentes, mas a doença é a mesma”, explicou Saxena, que ressaltou que por conta deste fato a depressão não é detectada com facilidade.

De fato, a depressão, doença que afeta 350 milhões de pessoas no mundo todo, é um fenômeno global que pode se manifestar em todas as idades, regiões e em ambos os sexos. No entanto, a mulher se mostra muito mais vulnerável, já que há consideravelmente mais casos entre as mulheres que entre os homens.

“A depressão é muito mais prevalente nas mulheres, que possuem, claramente, mais tendência que os homens. A depressão pós-parto é bastante comum. De fato, ela afeta 10% das mães em países desenvolvidos e 20% nos países em desenvolvimento. Os homens, no entanto, têm mais tendência a abusar do álcool e do consumo de drogas”, afirmou Saxena.

Segundo a OMS, 20 milhões de pessoas tentam se suicidar a cada ano, sendo que pelo menos 1 milhão de pessoas morrem através desta prática. De cada dois suicídios consumados, um tem a depressão como causa direta, enquanto a percentagem chega a ser superior a 50% em relação às tentativas.

A depressão é o resultado de complexas interações entre fatores sociais, psicológicos e biológicos. Há relações entre a depressão e a saúde física; assim, por exemplo, as doenças cardiovasculares também podem ser capazes de produzir depressão e vice-versa.

Além disso, as circunstâncias estressantes, como pressões econômicas, desemprego, conflitos e desastres naturais, também podem contribuir para um quadro depressivo.

No 20º aniversário do Dia Mundial da Saúde Mental, que será celebrado nesta quarta-feira, a OMS faz uma chamada aos Estados-membros para alertar que a depressão é uma doença frequente e que os governos devem se empenhar para ajudar as pessoas a aceitá-la e, principalmente, tratá-la.

De acordo com Saxena, a metade das pessoas que sofre de depressão não a reconhece e, por isso, não busca tratamento e nem um apoio psicossocial, que costumam ser tão importantes quanto os remédios.

O especialista da OMS também lembrou que este é um tema crucial, já que pelo menos 5% da população de qualquer comunidade do mundo sofreram ou sofrem de depressão.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,depressao-afeta-jovens-e-adultos-na-mesma-proporcao,943076,0.htm

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Pacientes apresentam doenças como depressão, bipolaridade e transtorno obsessivo-compulsivo

Metade dos pacientes com dependência química tem doenças psíquicas associadas, aponta estudo da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Foram analisados os perfis de 1,3 mil pacientes tratados nos últimos três anos na Unidade Estadual de Álcool e Drogas do Hospital Lacan, em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Entre as mulheres, o percentual é ainda maior, 56% apresentaram doenças como depressão, bipolaridade e transtorno obsessivo-compulsivo. Entre os homens o índice foi 50,1%.

De acordo com Sérgio Tamai, coordenador da área de saúde mental da secretaria, a pesquisa confirma estudos internacionais sobre o mesmo tema e aponta para a necessidade de desenvolver uma assistência especializada para esses pacientes. “Não é um perfil de população desprezível. É necessário um ambiente mais protegido e profissionais que tenham especialização em droga dependência, mas também têm que estar familiarizados com o atendimento de pacientes com esses outros transtornos psiquiátricos”, disse.

O coordenador destacou a necessidade de um ambiente adequado, tendo em vista que pacientes depressivos com associação ao uso de drogas, por exemplo, são mais propensos ao suicídio. “Um indivíduo, internado em um hospital geral, pode tentar se matar saltando pela janela, e não faz parte da rotina desses hospitais ter esse tipo de preocupação. É preciso ter pessoal especializado”, declarou.

Tamai destacou ainda a importância de cuidados específicos com pacientes esquizofrênicos. “Os estudos mostram que metade desses pacientes tem uma droga dependência associada. Nesse caso, a droga em si modifica o padrão da doença. O indivíduo esquizofrênico que não é violento pode se tornar [violento] a partir do uso de cocaína, por exemplo. É um dado que precisa ser levado em consideração também”, explicou.

As especificidades no tratamento de dependentes químicos com associação a doenças psíquicas ocorrem também no tempo de internação dos pacientes, informou o coordenador. “Essa população tem um tratamento um pouco mais complicado. Mais do que triplica o tempo necessário de internação”. Segundo Tamai, o indivíduo que tem droga dependência isoladamente demora de uma semana a dez dias internado. Os pacientes com doença psíquica associada ficam internados de cinco a seis semanas.

A relação entre a dependência química e as doenças psíquicas ocorre quando a pessoa consome entorpecentes ou álcool em excesso e desenvolve, posteriormente, transtornos mentais. “O indivíduo que tem um transtorno mental está mais vulnerável a uma droga dependência”, declarou. Ele usou, como exemplo, o caso de um indivíduo com transtorno de ansiedade que consome bebida alcoólica para relaxar. O uso, no entanto, piora o quadro de ansiedade e cria um círculo vicioso, fazendo com que seja ingerida uma quantidade cada vez maior. “É a gênese do quadro de dependência”, destacou.

Segundo ele, o contrário também ocorre, quando o uso de entorpecentes leva à doenças psíquicas. O coordenador cita estudos internacionais que relacionam o uso de maconha à esquizofrenia, por exemplo. “Usuários que utilizam pelo menos uma vez por semana, dobram a chance de ter a doença nos cinco anos subsequentes”, disse. Ele destacou que esse risco é ainda maior se a pessoa tem histórico familiar de esquizofrenia.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,metade-dos-dependentes-quimicos-tem-doencas-psiquicas-associadas,920224,0.htm

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Foram quatro anos de relacionamento e um de terapia até que a publicitária Carla (que prefere não revelar o sobrenome) conseguisse aceitar que aquele amor não iria adiante. Apaixonada, ela era incapaz de ver que o colega de trabalho comprometido continuava a tocar a vida e fazer planos de casamento com outra –enquanto mantinha as falsas expectativas de Carla. “Estava tão envolvida que achava que ele era o homem da minha vida. Qualquer sinal, por menor que fosse, fazia com que eu renovasse as esperanças”, diz ela. “Demorei para entender e aceitar que ele não me amava.”

Assim como Carla, muitas pessoas têm dificuldade de encarar um problema. Preferem desviar a atenção a aceitar que ele existe e precisa de solução. De acordo com o psicólogo especialista em relacionamentos Thiago de Almeida, confrontar a realidade nem sempre é simples. Isso porque, mesmo sem perceber, nos comportamos de modo a sofrer o mínimo possível, ainda que isso signifique adiar o problema e não enxergar as coisas como elas realmente são. “O enfrentamento da realidade é difícil. Por isso é tão comum que pacientes abandonem a terapia quando o psicólogo se aprofunda na discussão dos problemas”, diz ele.

A dificuldade de encarar algumas situações vem do medo, da insegurança e da autodepreciação, segundo Hélio Deliberador, professor do Departamento de Psicologia Social da PUC- SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo). “Sofremos para admitir os problemas e relutamos em pedir ajuda”, afirma. “Esquecemos que a vida é um desafio permanente e que sempre há obstáculos a enfrentar. É importante entender que a nossa capacidade de resolver os problemas é ilimitada”, diz.

Para o psicólogo Armando Ribeiro das Neves Neto, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, a forma como somos capazes de lidar com problemas está relacionada com a história de vida e a educação de cada um de nós. “Somos muito influenciados por modelos. Pais passivos podem contribuir para a formação de filhos com maior dificuldade de reagir diante das dificuldades”, afirma.

A psicóloga Angélica Amigo afirma que as pessoas têm muita dificuldade de encarar os problemas do dia a dia porque não conseguem lidar com frustrações. “O ser humano não quer perder nunca” diz. “Quando se depara com um problema, tende a negá-lo inicialmente, como uma maneira de resistir à realidade e se proteger do sofrimento ou, algumas vezes, pode até ‘hiperdimensionar’ o problema, se colocando no lugar de vítima do mundo e, assim, conseguindo a atenção de todos.”

Angélica explica que todos nós sofremos “pequenos lutos” no nosso dia a dia, além dos que se referem à morte de alguém querido. Segundo ela, é importante reconhecer o que foi perdido e se apropriar daquilo que se está sentindo.

“Algumas pessoas acham que resolvem o problema fugindo dele. Recusam-se a falar sobre o fim do relacionamento, a perda do emprego, a morte de alguém. Ficam se enganando, imaginando que, se não pensarem no problema, ele irá se resolver, mas não vai”

Fonte: http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2012/07/31/dificuldade-de-enfrentar-problemas-impede-que-eles-sejam-resolvidos-mude-isso.htm

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